POR ENTRE DENTES

Dizer que acerto na mosca, caríssimo, é mercê que me fazes. Às vezes a gente encontra palavras para escrever d'aquilo que não se consegue dizer. Por entre dentes — isto é, com raiva mal contida — as palavras significam menos do que o modo como são ditas. Refleti sobre isso n'um momento de dissabor, pois, poesia não se faz tão-só de sentimentos nobres, mas sobretudo de humanidades.

Tenho comigo que se a mosca acertada foi a empatia do leitor, então concedo que fora bem escrito e lido.

Espero que continues gostando.

Abraços, RicardoC.

Caríssima, muito grato pelo generoso comentário. Com efeito, o movimento de imagens é mais fácil em mãos habilidosas d’uma artista das telas do que nos arrazoados personalíssimos do poeta. Às vezes me pergunto se o leitor de facto se entretém com versos tão íntimos… Oxalá, como a ti, a leitura se faça desafio e prazer!

Muito obrigado mesmo.

Abraços, RicardoC.