Distante e imperceptível
Obscuro olhar indecifrável
No alvorecer de um novo dia
A provocar uma tal nostalgia
Que não pode ser comparada
Apenas sentir não é suficiente
Se não há uma percepção plausível.
Antes de findar o dia
As cores que se desfaz com o sol
É um prenúncio do que será
Nebulosa forma de ser
No pensamento incapaz de reconhecer
O que o futuro nos reserva
Quando não se pode abrir os olhos.
A noite cai silenciosamente
Tudo dorme o sono dos anjos
E não se pode ouvir os passos
Há sempre alguém que rompe a inércia
Que vai além dos pensamentos
Entre a escuridão e a luz
Pode haver um lugar de sobrevivência.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense