O universo em suas veredas, nos causa assombro
Será que te assustastes com o curso do destino
Por todas as razões que podias ter dito que não
Em mantos da noite, lúcidas razões se extraviam
Não te questiones tanto do que nos teria ligado
Dos caminhos cruzados que nós não escolhemos
Por certo não o será na conta de nossas feições
À aparência apenas cumpriria a ampliar o olvido
O que nos trouxe aqui foi tão mais que efêmero
Não pelo que cremos, sim do que é e nos escapa
Corpos que não cabem em uma arcada estranha
Como as estrelas foram feitas para brilhar o céu
Nossa presença real é escritura em carne e osso
São dos oásis as palmeiras, em meio aos desertos
Viemos d’outro tempo, libertos do fogo da terra
Da face da eternidade um recorte do horizonte
Até podes te calar, mas nunca poderás esquecer
"Sabe como é ver o momento em que as nuvens se abrem e luz do sol irrompe?"
"Sabe o que se sente quando descobre que a procura de uma vida pela pessoa certa enfim acabou?