Ó Rara Beleza
Ó rara beleza que o mundo encerra,
De corpos e almas que juntas se unem,
Nas veias do tempo correndo a terra,
Embaladas por amores que os perfumem.
Os olhos que fitam a luz do dia,
Brilhando em um misto de cores,
São como janelas da alma vazia,
Que procuram em vão a paz e amores.
As vozes que clamam no ar silente,
São ecos das dores que a vida encobre,
E os corações que sofrem tão presentes,
São marcas do amor, um sentir tão nobre.
Assim caminhamos nesta vida tão pequena,
Buscando um sentido que nos de alegria,
E no fim, quando a noite se fizer plena,
Seremos só lembranças do que fomos um dia.
Alexandre Montalvan
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