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Re: Convite
Prezada poetisa, Ainda que o poema não tenha como fulcro os relacionamentos do Luso, é claro que todo bom conhecimento se aplica às relações em qualquer espectro do relacionamento. Não há uma guerra de egos descrita neste poema. Mas já que tomamos este caminho permita-me explicar: havia uma pessoa que dizia que meu modo de escrever era excessivamente formal e rebuscado. Havia muitas palavras que ela não entendia. Ocorre que eu gosto de um vocabulário farto e se podemos falar o português na sua melhor forma, porque fazê-lo trivial? Somos, ou devíamos ser literatos como escritores. No bar com amigos falamos de qqr jeito.
É o que se descreve nesta parte: Sim, compreendo que minha escrita erudita te moleste Mas é que não encontrei uma aptidão autêntica de ser E dizer-te de uma vez que dúvidas também me acossam Como simpatizar com a crisálida se existirá a borboleta?
A experiência, na minha visão deve ser valorizada e se eu sei usar ou sei a razão para usar certos vocábulos porque não poderia fazê-lo? Não se ensina a quem não quer aprender. Muitas vezes leio coisas, excelentes ideias perdidas pela execução de um vocabulário pobre e gramática deficiente: Pisar firme sobre a experiência, mas sei que não é tudo Sei que especular fala de espelho e ninguém se vê nisso Sei também que não há lâmpada para essa obscuridade Quantas vezes desejei ter as saídas p’ra esse embaraço
Aqui falo que muitas vezes procuramos mudar certas coisas e acabamos regressando ao lugar onde foi a partida; "cul-de-sac" é uma figura de arquitetura, uma rua ou caminho sem saída com um alargamento no final para facilitar o retorno. Não há como se obter coisas extraordinárias sem sacrifícios: investimentos de tempo e dinheiro, abrir mão de outras coisas. Quem não sabe disso pode ter resultados pífios: como lindas janelas voltadas para uma parede. Mas, é tudo um cul-de-sac e acabamos no mesmo lugar O que queres afinal, um azul prodígio entre os cactos? Sem que tua busca, afinal, mostre as pontas agressivas O problema é que os homens pequenos não veem assim Constroem suas janelas de frente para os muros cinzas
Afinal um pouco de humor negro, com as toupeiras e o CONVITE para que se cresça, lançar-se sem receios, projetar sua voz e trabalho ao invés de ficar escondida da vida como um pequeno gatinho. Sempre considerando que isto é direcionado a uma pessoa do meu passado, que como lhe disse me acha cheio de lantejoulas... digamos me acha imodesto ou exibido quando escrevo; eu quis lhe dizer deve-se fazer certas escolhas com o coração. Acham-se melhores ideias num congresso de toupeiras Pois pega nessa guitarra, que o roque enrôu te espera Para de ronronar, usa a gravata, a calça e a brilhantina Sobe nesse palco, lembre-se que o coração também pensa.
Gostaria demais se tu quiseres discutir sobre real o tema que teu comentário - o qual respeito e agradeço - gira, numa primeira leitura e interpretação. Gratíssimo. Saudações.
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