A luz morna da manhã anuncia um amor que terminou.
Sobre a cadeira cansada, os despojos do que um dia fomos.
Abraços apertados enrolados em roupas que já não vestimos, porque a estação mudou.
Já não é Primavera...
Pelo chão, apenas o que resta das viagens que fizemos em dias tempestuosos e febris.
Dias em que a paixão ainda se vestia de cores vivas, porém sofridas.
Resta-me o som mudo da tua voz.
Eu, eu apago todos os pecados da minha vida e renasço.
E a luz morna da manhã anuncia o fim do que nunca começou.
A. Luz