Rasgaste dos meus olhos a pureza
Desenhaste mil pássaro de âgua.
Sonhei diamantes, cristais e mesa
Ferraste-me vidros dentro da carne.
Não me insinues, nem me julgues
Porque de pé segui sem estrada.
Quando sumiste, fiquei sem nada!
Apenas sonhos perdidos, lugares.
As notícias mordiam, leviandades
Algozes de estrada, sem terem nada.
Alma dorida, de verdade traçada
Voltaste a casar, pensei aceitar
Dar tempo, a ninguém magoar,
Como quem volta a desacreditar.