Sinto que o tempo nos tem sido cruel.
Tem tirado de nós a paz que sempre nos uniu
O amor que sempre vivemos.
O tempo nos tira o prazer que a saudade constrói.
Tudo tem sido tão rotineiro
Sua vida se esvai de forma trágica
E as feridas da alma não cicatrizam.
O sorriso é amarelo e indócil
E não convencem mais o olhar que o vê.
As lágrimas correm pelo cantos
Nas horas silenciosas da noite escura.
O desejo é sufocado pela angústia e temor
Do sonho evaporado pela chaminé.
É preciso ter novas realidades
Quebrar os grilhões que nos prendem a esse sofrimento
Soltar o grito da liberdade
E voar os espaços por nós tão desejados.
O dia da liberdade, enfim, é chegado.
Voe... bata suas asas e voe.
Respire o ar puro das alturas e seja feliz.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense