Apareceste no horizonte matizado
De um sonho longínquo e intermitente,
De cheiros e sabores desconhecidos….
Odor a lindas rosas, a um fresco relvado…
Paladar de saboroso manjar ardente…
Amálgama doce para os meus sentidos…
Cavalgaste numa nuvem que passava,
Sem esconder esse sol que nos ilumina…
Passaste algumas montanhas, vales e rios…
Sempre tentando olhar e ver o que se passava
Na terra que lá em baixo, muito em surdina,
Te lançava cânticos… e fortes desafios…
Subindo pelas escadas da longa procura,
De amor delicado, sereno e compartido
E de ternuras presentes e enfeitiçadas,
Agarrei nessa nuvem que passava segura,
Arrastando-a para o meu paraíso perdido
De momentos e tantas horas desperdiçadas….
Segurei-te bem nos meus braços…
Aninhei-me na meiguice do teu olhar,
E mergulhei no meio da felicidade….
Expulsei todas as tristezas e fracassos….
Dei-te a mão, comecei a viver e amar,
Fiz do meu sonho uma eterna realidade….