Sonetos : 

À MINHA QUERIDA MÃE

 



Minha mãe nasceu pobre, num tempo
de miséria, e de muita labuta; as irmãs
tal como ela, à rua saindo, cruel vento
nas fontes, lavar roupa, subtis manhãs

apreciavam, com a candura, do alento
que traz presa, a mocidade e seus afãs
Terminada empreitada sem desalento
iam prás fábricas, urdindo aí amanhãs

Eram pobres mas felizes e o avô nada
entregue, à mais dura, das realidades
co as filhas, ia ver a feira, engalanada

e, que, decorria na terra mais ao lado
Isto, contou a mãe, e conta, miríades
de vezes, para aí não olvidar passado

Jorge Humberto
04/05/08

 
Autor
jorgehumberto
 
Texto
Data
Leituras
983
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.