Relíquias passageiras
Lembranças de coisas que já se foram
Perdidas no tempo
De um tempo que passou tão veloz
Que não deixou vestígios.
O mundo não é o que conhecemos
E nada é o que parece ser
O engano faz parte dos desejos
De quem só quer desfrutar luxúrias
Sem pensar nos menos favorecidos.
O que pode estar escondido
Faz-se questão de esconder o máximo possível
E que se dane quem quer que seja
Os prejudicados da sociedade
Porque nada faz sentido mesmo para eles.
Quem tem a chave do mundo
Para que possa parar todo esse pesadelo?
Quem poderia estancar a sangria profunda
Curar a chaga maligna da iniquidade
E restaurar um mundo melhor para todos?
Onde há resquícios de mentiras
Sempre prevalecerá o engano e a persuasão
Não se pode abrir os segredos do coração
Sem o risco de levar uma flechada
Que o fara parar de bater para sempre.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense