A eterna busca pelo desconhecido
O desejo de ir muito além do horizonte
Muito além do que a própria imaginação
Desvendar os mistérios do universo
Ou permanecer na ignóbil ignorância.
Os dilemas humanos são muitos
Maiores do que os poucos saberes que dispomos
Por que quem pode dizer que sabe alguma coisa
Se não temos a certeza de nada a nossa volta?
E como podemos esconder tudo isso?
As perguntas são formuladas no cotidiano
São como as muitas águas de uma cachoeira
E voam todos os espaços infinitos da mente
Ultrapassam as mais altas nuvens
E quem poderia dizer que tem as respostas?
Eu sigo a minha eterna busca silenciosa
Não consigo deixar de pensar nas coisas
Como teria sido se tal coisa tivesse outro desfecho
Ou quem poderia ter escondido as respostas
Na mais alta das montanhas invisíveis.
Talvez tenha sido essas curiosidades
A mover o ser humano no destino que se encontra
Nas encruzilhadas das escolhas de destruição
Onde se dizem ter compaixão dos famintos
E ao mesmo tempo jogam bombas nos seus irmãos.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense