Estarei muito distante
Quando o dilúvio do açoite passar
Muito além do que um dia imaginei
E será por tudo que passei
A distância que desejo estar.
Nada permanece para sempre
Quando não se sabe ao certo sonhar
As incertezas da vida perturbam
As dores causam sofrimentos
Quando se perde a ilusão de amar.
Pesadelos não são apenas noturnos
Estão presentes na desilusão
Quando já não há o brilho no olhar
E tudo tornou-se apenas saudade
É quando precisamos dar alento ao coração.
Não sabemos qual será o olhar
Que um dia tomará o coração
Qual será o sorriso a encantar
E dominar o sentimento a tal ponto
Que não haverá fuga nem salvação.
Assim é a vida que temos aqui
Uma eterna busca pelo amor verdadeiro
O desejo constante de viver
De se entregar ao ente querido
Que torna o nosso sonho por inteiro.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense