Poemas : 

Exercício Poético (Do fim)

 
A morte tremeu diante de um Homem
Baixou a cabeça com tristeza e chorou
Olhou de soslaio a vida sua velha irmã
Deixou Saramago escrever um epitáfio
Ajoelhou-se perante o mesmo Homem
Pediu-lhe indulto por quem não matou
Encarcerou em infinito a esperança vã
Acoitada entre pedras de seu cenotáfio

A morte tremeu diante d'outro Homem
Deixa que esse Sol quente te adormeça
A alma e o silêncio que te dão essa cor
Pintada com o seu brilho incandescente
Ajoelhou-se inerte perante igual Homem
Não deixes que essa Lua fria esmoreça
No lânguido corpo que te guarda a dor
E o teu pensamento impuro e demente

A morte pereceu na vida deste Homem
Balançou a terra nestas ondas do mar
Que se deliciavam nos braços do vento
Como se chamassem vidas esquecidas
Ajoelhou-se perante mais um Homem
No desejo ardente de quem quer amar
Ser quem for num último esquecimento
Ser de quem for em palavras esquecidas


A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma

 
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Alemtagus
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 04/01/2023 12:10  Atualizado: 04/01/2023 15:42
 Cenotáfio de Newton
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«Oh Newton! Se com a extensão das tuas luzes e o teu sublime génio definiste o formato da Terra, eu concebo um projeto que envolve a tua própria descoberta."