Silencia-te aberração
Amante de amantes
Néscia serpente
Pecado por putrefação
Sangue dos diamantes
Que levam toda a gente
És uma falsa carícia
O beijo imoral de Judas
O abraço mortal da cobra
Não mais que uma sevícia
De vozes secas e agudas
A obra de arte da obra
Esventra-se o vento
Que te sopra a vida
Na troca de um passo
Neste bailado lento
Outra rua sem saída
Outro ser sem espaço
És nada e algo mais
Papagaio de papel
Frágil e intenso
Lágrima de pais
Sabor a limão e mel
Falta de senso
A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma