Pensamentos silenciados, fumegantes
Em territórios de alfazema e alecrim
Luzes verdes cintilantes parecem falar de mim
Sons intermitentes, beligerantes
Não há nenhuma outra forma de viajar no tempo
Do que fazer o tempo chupar a memória
Alojada nesse cantinho efémero da nossa história
Por caminhos de infância como passatempo
Saro ao sol velhas feridas por sarar
Descoso o bolso das pedras das lembranças
E das minhas desditas heranças
E posso enfim respirar as melodias do olhar