Nos ciclos da vida
Que insisto em dizer:
"É minha, só minha",
Não havia espaço;
Nenhum espaço quiz
Para o que não dominava.
Para o que não conhecia.
As voltas dessa roda
Que penso como vida,
Não gira na direção
Que eu sempre achei
Ser a direção devida;
Seu rodar foi sempre
Um rodar ao próprio gosto
A contragosto meu gosto.
Ela rodou e rodou.
Tomou a direção que quiz e,
Nesse intenso e particular rodar
Trouxe a mim pessoas e coisas,
Surreais algumas, tanto
Que pensei de algumas
Pessoas e coisas:
"Isso não serve pra mim"
Já de outras pessoas
E outras coisas pensei:
"Essas eu quero para mim."
Nas coisas que aleatoriamente vieram,
Veio coisa estranha
A qual chamei contradição e,
No meio das pessoas aleatórias também,
Que vieram a cada ciclo e a cada volta dessa roda, dessa vida;
Apareceu você
Uma contradição...
Pessoa muito... muito a gosto
Do meu inusitado gosto.