Poemas : 

O mercantil engano de Herodes

 

Se não souberes, pergunte,
Não junte vaidade
À imaturidade,
Isso só daria em uma afronta

Nunca se está pronta
Pr’as curvas da vida,
Há sempre lado obscuro do dia
No sentir que nos guia

Se diz tudo saber e nada souber,
Sujeitar-se-á às intempéries da vida
E o mal da alma ferida,
Quando a razão em teu coração couber

Vaidade é o mal do século
Que enfeitiça homens e mulheres,
Ungidos dos supérfluos quereres,
Que lhes entopem a alma

Puder, podes,
Mas não mintas à lua
Nem faças da tua,
O mercantil engano de Herodes

Alma iludida
É alma perdida,
Que se veste do céu
E sua visão não passa dum véu

Adelino Gomes-nhaca


Adelino Gomes

 
Autor
Upanhaca
Autor
 
Texto
Data
Leituras
662
Favoritos
1
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
15 pontos
1
3
1
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Upanhaca
Publicado: 03/12/2022 21:58  Atualizado: 03/12/2022 21:58
Usuário desde: 21/01/2015
Localidade: Lisboa/loures
Mensagens: 8483
 Re: O mercantil engano de Herodes
Os enganos de hoje,
têm a cruel mão de Herodes.

Open in new window