O mundo está cheio de loucos, Servos do diabo e viveiros da hipocrisia. A demência aflora e cresce Na consciência de homens pequenos; Pequenos no dizer e no ver O lado real das coisas. O louco faz dos gostos seus desgostos Pra embuçar mágoa da sua esfarrapada alma. Por aí, não acaba astúcia do louco: Pra se livrar do desgosto dos gostos, Abre pequena janela da sua alma E solta os fingidos gostos-fruto da loucura, Mãe de todos os loucos d’aqui.