Caminharei na multidão sem te ver
Tocá-la ou mesmo sentir
Na divina ignorância
De nada compreender
Caminharei surdo em silêncio
Nenhuma palavra direi
Voz ou mesmo som
Nem ao menos ecos abortados
Caminharei em meio ao cinza
Todas as cores apagadas
Todos relevos e percepções
Sepultarei os prazeres e as ausências
Serei, afinal, feliz.