o veleiro
que desconhece
o desenho das estrelas
expande o mar
afasta-se da terra
fica a naufragar
sem rédeas
o coração que nega os azuis
dos sonhos
pinta de negro
os silêncios
encobre a vontade
com a razão robótica
do sim e do não
o teu coração
um veleiro
no meio do oceano
cheio de tesouros
o meu peito
um cais perfeito