Canto terceiro: da renovação
A lua e sua luz nevada realçando as virginais madressilvas
São testemunhos dos dias passados na glória de ter vivido
Meu coração sucumbe ao feitiço encantado das estrelas
E vê teimosos cometas a cruzar o céu que um dia foi teu
Nos jardins da vida sangramos no estio, raiamos na aurora
Enquanto pássaros abrimos as asas para ganhar todo azul
Sempre fazendo que o coração guie nos zéfiros outubrais
Apreciando lá de cima as humildes ameixeiras amareladas
O campo ondulante de lavandas espalha seu perfume lilás
Os ondulantes e alvos algodões flutuam levados pela brisa
O horizonte os aguarda e é onde liberto, enfim, vou estar
Olhai-me, afinal, já não caminho mais às cegas na campina