Poemas -> Reflexão : 

COR DA TERRA

 
 

Mataram Gandhi!
Mataram Luther!
Mataram Lenon!
Mataram Alende!

Como se um maldito disparo
Matasse Gandhi,
Matasse Luther,
Matasse Lenon,
Matasse Alende!

Não tarda a chegar o terceiro milênio,
Teremos , ainda, que arcar com o pesado fardo,
Do que mata em nome de santo,
Do que mata pela cor,
Do que mata uma fantasia,
Do que mata por opinião.

Não me peçam perdão
Para o que mata um santo,
Para o assassino racista,
Para o que mata o poeta que tinha um sonho,
Para o tirano assassino.

Não basta chorar o corpo morto.
Não bastas condenar o criminoso.
Resta um caminho difícil,
De um verde viçoso,
Não sepulto no disparo carnal,
Que não oprima,
Que não discrimine,
A cor de Deus,
A cor da pele,
A cor do sonho,
A cor da terra .















 
Autor
Frederico Rego Jr
 
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Enviado por Tópico
Alberto da fonseca
Publicado: 04/05/2008 14:12  Atualizado: 04/05/2008 14:12
Membro de honra
Usuário desde: 01/12/2007
Localidade: Natural de Sacavém,residente em Les Vans sul da Ardéche França
Mensagens: 7080
 Re: COR DA TERRA
Este poema é mais belo poema social que li no Luso. Não comento a forma, não tenho esse costume , comento o fundo, e ele é explêndido, que merece muita reflexão. A sociedade caminha hoje por caminhos completamente acidentados, com um rumo que não interessa ao povo mas sim ao bando de criminosos que nos governam.
E que ninguém me venha dizer, que todos temos um pouco des Buchs ou de Ladens, é completamente falso
Parabéns.
Abraço amigo
A. da fonseca

Enviado por Tópico
jessé barbosa de oli
Publicado: 04/05/2008 15:19  Atualizado: 04/05/2008 15:27
Da casa!
Usuário desde: 03/12/2007
Localidade: SALVADOR, Bahia
Mensagens: 334
 Re: COR DA TERRA
o presente poema é um bom chamado á reflexão.
toda vez que assomam
pessoas que expõem
as fraquezas e o ilogismo do sistema
de pandora,
ele se encarrega de suprimi-las.
no entanto, ainda que o
capitalismo faça com que a mensagem
destas luzes da sabedoria fique
adormecida, ela sempre acorda
e, mesmo que num fugaz momento
de emancipação, mostra o viço
do seu eco.