Como pássaros que migram entre as estações percorrendo quilômetros e quilômetros de distância até alcançarem refúgios, e muitas vezes optam, apesar do cansaço, por quilômetros extras, alternando as alturas, não desperdiçando energia, fazendo pequenas paradas de reabastecimento, e utilizando a bússola interna e o campo magnético para permanecer em rota. Estes mesmos pássaros sobrevoam em meio as estrelas e o Sol, e em consciência coletiva alcançam um clima favorável e seguro para alimentação e reprodução. Uma vez superada a estação, retornam ao seu ponto de origem.
Assim é o nosso amor, que em dado momento se viu migrando, voou e alcançou terra favorável, mas longe de nós. Esse amor se pôs nos mais variados desafios de altura e nos viu frutificar em outros campos, afinal somos essencialmente bons e servis. Entretanto esse amor tem bússola interna, e pode ou não voar com escalas, mas que tem ao seu favor o Sol (você), as estrelas (eu) e a própria paisagem como orientação (a nossa essência), ou seja, assim como os pássaros, retornará ao ponto de origem.