a seiva em resina
que olhos largam
nasceu das feridas
que tu provocaste
com as ausências aguçadas
das palavras
trancadas em tua boca…
… das letras afogadas em saliva
não vês …
esses silêncios
teus
enchem as estrelas
de um escuro tão surdo
que a noite já não escuta
os cometas
as fogueiras
as coisas brilhantes
que dão à luz
a vida e o mundo
dos poemas
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