a galega labrega roía as canelas aos peões de brega com a teimosia de um maxilar de cão. desenvolta, era culpa que esfrega os misantropos de peito gabarola.
de amarela nada tinha. não lhe servia tez de aguarela, antes a do sol quente, que lhe sossegava na tela. trigueira forma de capa e espada com espirito de romeira afilhada.
aquele seu riso abraçado à dentuça assimétrica tirava-lhe a indução empáfia que, colada ao ardil de género aguçado dos eméritos, lhe era atribuída.
é difícil ver-lhe dotes de genialidade ou rasgos de inteligência, mercê de rudeza natural mas não, em tempo algum, se pôde ou poderá dizer que era dissimulada.
galega... sim. labrega... também. desbragada... sem dúvida. única... em absoluto.
ai de quem lhe soltasse a goela.
Valdevinoxis
A boa convivência não é uma questão de tolerância.