Nuvens silenciosas no espaço infinito
Pássaros entre os galhos das árvores
Observam borboletas nos jardins
Onde se escondem as sombras perdidas
Dos sentimentos deixados por alguém.
Tudo é tão estranho agora
Como se existisse um vazio imenso
Que não pode ser preenchido por nada
Apenas uma solidão sentida
No espaço do coração abandonado.
Como se espera que isso seja notado
Quando os pensamentos estão longe
No mais distante da imaginação
Em busca de um olhar tão singelo
Que desesperadamente se tenta esquecer.
Na penumbra de uma casa deserta
Uma miragem teima em existir
A figura emblemática de uma saudade
Nos olhos tristes de alguém
Que não pode apagar o sentimento do coração.
O vento que brinca com as nuvens
Trás consigo uma meiga lembrança
De sorrisos bobos no entardecer
Mas leva consigo a amarga sensação
De que nunca mais isso acontecerá outra vez.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense