deu um badagaio à lambisgoia logo que conseguiu um chocho no bem parecido plenipotenciário da presidência. não carece de ciência, a compreensão do imbróglio. tão só os açucares lhe faltaram, as canetas falharam-lhe e foi o que se
viu.
o ilustre delegado presidencial nem se deu conta, tal a azáfama de beijinhos no meio da balbúrdia. desejando, estava ele, de chegar à mesa para lambiscar qualquer coisa.
lampeira, a mulher, depressa se recompôs e, num ápice, lá estava outra vez de beiço esticado e guincho desafinado. era paixão. se pudesse, era mesmo com ele que desencalhava e largava a malandrice. se pudesse era com ele que se
acoitava para a vida.
entrementes, o engrácio, um borra-botas que se perdia de amores por ela, apercebendo-se do episódio, lançou-se desvairado irrompendo pela populaça como se não houvesse amanhã. num ai se chegou ao diplomado. arrimou-lhe um
sopapo nos queixos e logo caiu o carmo e a trindade. que confusão de narizes ali se arranjou. foi polícia, guarda-costas, homens, mulheres, cães, todos, todos numa molhada de gritos, estalos, murros, dentadas e puxões que não lembrava ao diabo…
não se conhece o fim à bulha que é tão engelhada como a história.
Valdevinoxis
A boa convivência não é uma questão de tolerância.