0 "tauá" - LIZALDO VIEIRA
Não é chão em vão
Porque aqui
Tudo está girando
Em movimento
Se cria
Converge
Conecta
Concavo
Convexo
Vidas em abundancia
Diversão em arte
por todas as partes
No ar
Sinto e cheiro
De terra e mar
Por todos canto
Do indo e vindo
Com encontro
E desencontro
Meu palmo plano
Do alto do infinito
Há que plantar
Tem que Colher
Repartir
Tem dividendos
Achados os bens
FINITOS
Boca da mata
Preá de macambira
Borboletas amarelas
Festejando jardins
Em Primavera
Colibris saboreiam
Nos quitais em primavera
Minhas pedras de pensar
Batem cabeça
Faíscas azedam as chamas
Lugar de ver a vida passar
fica na janela
DEFRONTE pro riacho
CHEIO de patamar
CHEIRO de Maçã verde
SOPRANDDO DE LA
Sopa DE abobora
Que coisa boa
Água na boca
Adorável o livre do bem-te-vi
Pelos pomares de alá
Riacho doce em barulho
Cheiro de terra molhada
Tem gripe festejando
Com Assovio do vento
Caminhada na relva
Pra quem presa
PERNAS de calça molhada
Nadar no Riacho
Da mata do cipó
Sempre coisa de nativos
Pescar piaba
De vara curta
E jereré
Esperai
Tem moqueca
De caborje
Minúcias das minhoca do brejo
Que João turrão
Não FIQUE IRADO
Com RASGADO do arado
Comer macaxeira crua
Arrancar o feijão maduro
SABOREIAR Sem medo de dor de barriga
Aprendi muito
a pronúncia
substantivo
O verbo viver
Na argila tingida por óxido de ferro, encontrada em terrenos erodidos por água corrente; Taquari.
Terra a vista
Em se plantando tudo acontece
Água que corre
Nas entranhas de gaia
E depois embrenhar-se em vasos sanguíneos
Do coração
No fundo do mar
Deu sono
Vou ali pegar uma soneca na esteira de tabua.
Q U E S E D A N E C U S T O d e V I D A - Lizaldo Vieira
Meu deus
Tá danado
É todo santo dia
O mesmo recado
La vem o noticiário
Com a
estória das bolsas
Do que sobe e desce no mercado
De Tóquio
Nasdaq
São paulo
É dólar que aume...