aprendi com as aves
os retornos
a construção dos ninhos
aprendi contigo
a origem
verdadeira dos afetos
a beliscar
o sonho
quando
olhava-te nos olhos …
bem de perto
a última vez que me encadeia com eles,
foi num adeus por dizer
num ensaio de abraço …
num “amo-te” salpicado
baixinho
no ouvido
por cima de um rio
depois de tantas voltas ao sol
chegou a hora
de deixar o estuário do luso
e dar uso
às asas enferrujadas
pelo desuso
mas ainda estou aqui retido
nestas palavras
cheia de lagrimas
para te dizer
que vou
abraça-las
e desta vez sem
retornos
obrigado