SOLIDÃO
Ary Bueno [ O Príncipe dos poemas e do amor ]
Solidão, que sufoca, que esmaga, que machuca
Que deixa a vida amarga, sem sonhos, sem nada
Apenas agride nossa alma, e deixa a mente maluca
Teima em não nos deixar, fazendo no coração sua morada
Se tentamos dormir, ela nos faz ficar acordado, sofrendo
Se nos levantamos, insone, ela se diverte, com nosso desespero
Já não conseguimos sonhar, e assim vamos aos pouco morrendo
Vivendo vegetando, como exilado da vida, em triste desterro
Não vejo mais beleza no mundo, meu céu esta sempre nublado
Não vejo mais a esperança, em mim tudo hoje esta mudado
De encontrar, quem me ame, juro que já perdi a esperança
Nada mais almejo, perdi todos meus sonhos de criança
Maldita sejas, tu solidão, que em mim aderiu, como super cola
Que não me larga, não me deixa, talvez me acompanhe até na morte
Hoje nem meus poemas, fala mais em amor, quem poderá por esmola
Me mostrar um novo caminho, que me de luz, e que mude minha sorte...