Nos olhos, uma trajetória
ainda inclinada ao prolongamento da cor. Um lugar
abrigado no eixo dos pássaros, onde palavras ociosas
respiram os rituais das árvores
e transportam nos dedos a geografia de um cais.
Chegam, em linha reta, os novos perfis
de setembro, como línguas de vento
a anunciarem os primeiros contrastes
dos regressos.
Conheço a oscilação da luz e sei
que é inevitável adiar a limpidez do silêncio.
Irremediavelmente renovar as tintas disponíveis
e os gestos desdobráveis
sobre o equilíbrio volátil
de um tempo exilado
na periferia das primeiras águas.