Caminhando com os pés descalços
Correndo entre lamas e poeiras
Só desejava sentir o vento em seu rosto.
Observava as flores e as borboletas
Ouvia os pássaros nas árvores
E via as nuvens sendo levadas pelo vento.
Imaginava sendo um herói em batalhas épicas
Salvando o grande amor de sua vida
Combatendo contra os vilões mais perversos.
Sentia a brisa tocar seu rosto nas manhãs frias
Antes do sol nascer rumo as lavouras de cana
E sabia que esse não seria o seu destino final.
Nunca sonhou que seria um poeta
Que deixaria sua imaginação o levar mais longe
Muito além do que um dia pudesse imaginar.
E assim a sua história foi sendo construída
Nas memórias de tempos perdidos nas lembranças
E no tempo imaginado em sua mente cheia de fantasias.
O mundo em sua imaginação é perfeito
Porque tem liberdade de viajar por onde quer
Mesmo que nunca tenha sonhado ser um poeta.
O tempo passa de forma inexplicável
Dias tristes são demorados e tediosos
Enquanto os dias alegres são velozes e raros.
Sente na alma a alegria da eternidade
Em seus olhos pode se ver a felicidade
Em saber que seus pensamentos o levaram muito longe.
Então deixa-se descansar das recordações
E registra suas memórias em canções
Sabendo que a eternidade está em seu pensamento.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense