Caminho repartida
por entre longes e metamorfoses do tempo. Envelhecendo
pólen e certezas
ecos das brisas que me sobram
de uma janela que cresceu
voltada para sul.
Desenho nas paredes
os rostos e os fascínios
por onde passa o coração da casa
ou talvez apenas
os sinais prometidos
do gesto circular dos regressos.
No calendário das solidões
o voo migrante das primeiras folhas.
Sigilosamente interrogo o verde breve de setembro.
Raízes de ausências
lugares de ruas desabitadas
retornam vazias
as minhas mãos.