em tempos era um afã. nasciam jactâncias, badalhoquices e babaquices a esmo.
eram odes ao amor, dedicatórias ao papá, à mamã, ao cócó e à titi ou ao raio que parta, que não tinham mais carne que um torresmo. enfim, docinhos pouco parcimoniosos nas palavras vazias. e alguns nem eram mais que um boçal amontoado de nada.
em tempos idos, o desleixo e o beijinho casavam-se em comunhão de bens. era o tempo do "coça-me aqui que eu coço-te ali" ou do "afaga-mos que eu afago-ta", implicitamente tidos como regras de não agressão para magotes sociais... assim, como que ao estilo do macaco que cata o outro.
depois, um dia, apareceram uns patifórios que, passados da marmita, desataram a dizer que não gostavam e que havia merda em barda. outros aplaudiram em "ainda bem que vieram" mas, darem o corpo ao manifesto (que é bom)... chapéu.
os meliantes depressa foram chibatados e amassados com bordoadas azedas de tristes, iluminados, dondocas, amebas e outros que tais. foi um fartote. houve assunto de carantonha feia para dar e vender. havia, mesmo, quem quisesse os mecos metidos na pildra e fornicados até à inconsciência.
ai coitadinhos, se desejo matasse...
a história rezada continuou por aí afora cheia de minhocas, passarinhos, gatinhos e cãezinhos.
o suspiro ficou e já está no presente do indicativo.
A boa convivência não é uma questão de tolerância.