Poemas : 

O desfilar de mãos sem vida

 
Open in new window
Uma bebé que chora
uma mãe que ora
pra o bem da filha querida,
vê-se a dor, no dissabor da sua alma ferida

Dois seres, duas vidas,
duais almas frágeis,
presas fáceis
pra mãos que arranham feridas

Amargor das lágrimas
é sua menta do dia-a-dia,
em suas preces, prenhes de lástimas,
só se vê o desfilar de mãos sem vida

Cada lágrima que cai
da sua face amargurada,
é uma torrente dos ais,
que lhe invade a alma partida

Uma bebé que chora
uma mãe que ora
um olhar que passa de fora,
é o reflexo deste mundo afora

Adelino Gomes



Adelino Gomes

 
Autor
Upanhaca
Autor
 
Texto
Data
Leituras
665
Favoritos
2
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
26 pontos
2
4
2
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Upanhaca
Publicado: 27/08/2022 12:10  Atualizado: 27/08/2022 12:10
Usuário desde: 21/01/2015
Localidade: Lisboa/loures
Mensagens: 8481
 Re: O desfilar de mãos sem vida
Mãos moldadas do mal,
não escolhem onde pousar

Open in new window

Enviado por Tópico
Upanhaca
Publicado: 27/08/2022 16:52  Atualizado: 27/08/2022 16:52
Usuário desde: 21/01/2015
Localidade: Lisboa/loures
Mensagens: 8481
 Re: O desfilar de mãos sem vida
Serpentes ofuscados pelo ciúme,
têm o mal nas mãos
e lágrimas nos pés,
voam no alto das palavras
e pousam no lago da maldade,
onde se afogam gritos dos nenés

Open in new window