Que letargia, que cansaço, que falta de emotividade.
E que incompreensão a minha perante o que me tolhe o sentir, o movimento, o existir.
Caio na estrada, derrubada pelo peso da vida que se fez ferida na minha alma, no meu pensamento, no meu agir e deixo-me ficar, morrendo para o meu entendimento e querer. Deixo-me padecer nos braços daquele que me colhe na procura de um pequeno brilho no azul celeste. Na procura de sentir a vibração mais alta que posso conceber para me tirar do sono profundo do Ser e me elevar até o infinito.
Sono profundo que não me deixa ver ou saborear a maravilha do Eterno, a maravilha da existência.
Procuro bem no centro o sol que me traz vida. Que derruba os muros da insensatez e me abriga no Presente, dádiva feliz que me cinge e que me faz querer degustar a promessa do sem forma, sem nome, atemporal, sem limites e tornar uma só com o firmamento. Beijar as estrelas e descansar nas nebulosas e daí saltar para a realidade da perene Luz que me circunda.