O lápis a repousar
na distância.
Na brancura do lugar
ou na limpidez da voz.
Há palavras que se movem
nas paredes
e guardam os dias em que acreditei
no perfil eterno do mar.
Sei que não devo pensar
nas raízes da árvore antiga
ou no silêncio
do lume inteiro no inverno.
Mantenho-me à tona de mim
pronta para a floração
dos barcos que partiram
entregue à claridade mansa
que rodeia as águas que correm.