I
O versar na alma do poeta
Nas rimas de um bela melodia
Descrevo a minha alma
Nos versos desta singela poesia
Que sai de um coração
Que não sabe o limite da fantasia.
II
Nos pensamentos deixo voar
A emoção de uma profunda magia
Não são promessas furadas
Nem mesmo se trata de heresia
São palavras vivas da alma
Que descrevo nessa poesia.
III
A sensação mais pura do amor
O sentimento e a nostalgia
No caminhar de uma criança
Ou no peito de um velho que sentia
O pulsar de algumas lembranças
Que se não tivesse nada seria.
IV
No céu azul de uma tarde quente
Ou no escuro de uma noite fria
O que vale é o sentimento
Que transpassa o frescor da maresia
Que comprava a grande verdade
Que não se vive sem a alegria.
V
Nestes versos tristes e serenos
Tento demonstrar com sabedoria
Que a vida é mais do que se pensa
E não se pode viver sem alegria
Nem mesmo esconder as emoções
Que nos constrange à rebeldia.
VI
Estes versos são a esperança
De uma vida vivida com ousadia
Que não tem medo de expressar
E nem teme dos outros a antipatia
Deseja apenas ser ouvido
Para fugir de sua grande agonia.
VII
Ver o mundo envolto no caos
E saber que não há autonomia
Para os que querem pensar coisas novas
Destroem qualquer ideologia
Fogem da realidade que precisa mudar
Para provocar uma terrível distopia.
VIII
Não se pode sonhar com uma mudança
Se tudo gira em torno da burguesia
Por mais que se tentasse algo novo
Nos desejos dela nada mais caberia
Apenas se quiser deixar de ser egoísta
Faça a sua própria biografia.
IX
A minha canção deve chegar ao fim
Porque já não sinto mais alegria
Não posso ser ouvido por ninguém
Se tudo não passa de uma utopia
Deixo descansar minha pena sobre a mesa
E encerro aqui essa singela poesia.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense