PAIGC de Cabral Morreu nos becos de Bissau, Cremado nos fogões afogados Nas lágrimas da gente do povo, Das suas cinzas se emergiu paigc de “djitu ka tem”. paigc com noção política em falta, paigc com noção patriótica deturpada, paigc d’olhos postos nos cofres Do estado, Paigc que varre tudo, até tostões Arrecadados pra acudir a quem sofre. O egoísmo cegou os bissauenses, Cofres do estado varridos pelas mãos Sujas dos (des)governantes, que confundem Política com politiquice, que se ouve na casa Do povo como nas tascas de “ataia”. Que política é essa, onde a verdade É sentença de morte pra quem a professa? Guiné-Bissau está doente e há-de falecer, Se não for resgatada das garras dos falsos Políticos, que fazem politiquice pra se apoderarem Dos bens da Nação. Povo da Guiné, acordai-vos desse profundo Sono, que dormis há décadas, após a independência Proclamada pelo PAIGC de Cabral nas matas de Boé. Acordai, acordai-vos irmãos, pra que retomemos Nosso lugar na arca do desenvolvimento, Que este país tanto carece. É chegado a hora de dizer basta: Ao nepotismo À demagogia À ganancia À corrupção E aos constantes assaltos à dignidade do povo guineense. Urge a ressurreição do PAIGC de Cabral, pra que a Guiné entre Na rota do desenvolvimento, seguida pelos vizinhos, que riem Da nossa incompetência em gerir este país que tem tanto pra dar.