Máscaras devem cair
Mesmo que sejam preciso derrubá-las.
A dominação mental deve ser refutada
E a liberdade de pensar e dizer o que pensou
Precisa estar junto das mentes sãs.
Essas máscaras religiosas, políticas e ideológicas
Escondem os anseios de libertação
De um povo que erguem seus grilhões até os altos céus.
Dominadores precisam manter seus status
Dominados querem subir os degraus sociais
Desejam estar do outro lado.
Mas, ao trocar de posições, não cometem os mesmos crimes?
É possível ver as revoltas dos indivíduos inferiores
Ou já se acostumaram às chibatas?
Mandar é uma eterna ilusão
Que almejam perpetuar nesse caos urbano que estamos inseridos.
É a vida vontade de poder?
Vencidos queriam estar do outro lado da trincheira
E apossar dos despojos só para si mesmo.
A vida é tudo?
E as máscaras voltam ao cenário.
É preciso gritar com a força dos pulmões
E correr com a ignorância que nos cerca a todo instante.
Eis que o fogo é atiçado na cidade
E logo suas labaredas estarão ardendo.
Fujam os incautos.
Escondam-se nas catacumbas do desconhecido,
Permaneçam nas sombras do analfabetismo religioso,
Político e ideológico.
Mas, permita-me voar os espaços.
Dê-me a minha liberdade.
Eis que minha alma rompe com essa realidade inquietante.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense