a recalcitrância dos olhos é unívoca
nesta dimensão de pormenores,
em que se vê um cavalo assustado
perante uma serpente equívoca
e um anão que grita de dores
enquanto tenta crescer um bocado
são estados, amor, são estados
todos tão doentes como os da alma,
quando se pensa que existe
em piso de calhaus irados
recheados de vivalma...
nisto, quer-se moribunda a letra triste
entretanto, olha-se levianamente para dentro
numa busca incessante por zeros,
velhos vazios e redondos,
desenhados pela dicotomia de um ceptro
que de inútil, desenha óbvios esteiros
em corpos femininos e fecundos
volto à recalcitrância indómita dos olhos
na tentativa de descortinar a fixação
de uma regra incómoda para a leitura.
nada! e assim procura-se entre os escolhos
que, quietos, abalroam a atenção
para além da bruxuleante candura
Valdevinoxis
A boa convivência não é uma questão de tolerância.