os amores de ontem ficam na outra margem impossíveis de lá chegar
mesmo a construção de uma ponte nunca mudarias de lugar
olhamos as flores nas tuas folhas pareces tão livre mas estás presa ao chão com raízes gigantes ancoradas na dura terra fertilizada por um mar despido de sal
um dia pediste ao vento [á boleia de um sopro] para me chegares uma folha dos teus ombros prometendo-me um abraço
até hoje guardo essa folha dos teus ramos que nunca usaste para abraçar