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Aqui, vota-se
Pra ter de volta um voto,
“Dá cá, toma lá”,
Que vergonha literária!
Porém, é doloso votar por sermão
E receber à contramão
Todo o vento do porão.
É preciso ter olhos no coração
Pra votar com precisão
Em quem merece a razão do teu voto.
Aqui venho te dar a mão
Pra amenizar o frio do vagão,
E não questiones a razão
Nem olhes pra mim com olhos de pavão.
A retidão no dizer
É ouvir a voz do coração
É dar razão à razão
Pra ausentar a desilusão
E não alimentar a ilusão
Nos dizeres em vão,
Que no futuro não merecem perdão
Nem calor dum abraço de compaixão.
Dê razão as palavras, por ti, ditas
Pra que o amanhã em que acreditas
Não seja o mar da tua decepção.
Na hora de dares teu voto,
Use a razão
E não a desvontade do teu coração,
Pra que tuas pretensões não caiam em saco roto
Adelino Gomes-nhaca