Ao buscar por si mesmo na ação, o ser ou seu vulto
Tão mais faz distante de sua real natureza e impele
Ao apego à forma humana que desintegra o espírito
Pois antes persevera a sombra d’um vago desamparo
Ou uma visão dividida separada dos cordões da vida


Submerso na negrura do infinito, atado a abstrato nó
O ser se vê na carne, olvidado de sua condição divina
Atrai o imponderável, corre silenciosamente o espaço
Do pensamento sempre preso a coordenadas fictícias
E alheio à sombra interior e seu verdadeiro eu oculto

O corpo resiste nessa escalada em busca de respostas
Nas dobras da ilusão onde gritos falazes da existência
Imaginam o estado de plenitude, um acumulo de bens
De coisas táteis, um quê de matéria que se condense
Pela afirmação da propaganda em exaltar ao consumo


Mas o ser é fusão de alma e fogo, antes que substância
É enfim a forma de plúrima condensação em cor e som
É a senda em rumo ao horizonte, um arco-íris multicor
O ser não é, apenas está, u’a mescla de deus e demônio
Tramada no ramo solitário, obscuro e belo da erudição



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Autor
Sergius Dizioli
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 21/07/2022 12:25  Atualizado: 21/07/2022 12:25
 Re: Apego
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Gostei do seu poema, apesar de achar longo e com poucas pausas para uma leitora quase infantil, mas gostei porquê desperta uma intensidade e no palavras que me diz alguma coisa, que eu realmente entenda só que tem uma roupagem diferente.

Para uma arte diversificada, escrito para pessoas diferentes porque logicamente não somos iguais. Abraços!


Enviado por Tópico
Odairjsilva
Publicado: 23/07/2022 12:40  Atualizado: 23/07/2022 12:40
Membro de honra
Usuário desde: 18/06/2010
Localidade: Cáceres, MT
Mensagens: 5303
 Re: Apego
Todas às vezes que venho aqui eu deslumbro coisas que tocam o meu coração e me dá novas inspirações. Maravilha de texto. Gostei imensamente. Abraços poéticos!!!