Teodorina
Sol quente banhava de suor o corpo pequeno.
Corria.
Por ela chamava. Ina, Ina, Ina…I n a.... I n a.....
Silêncio.
Distância crescia no chão seco sem fim.
Essa imagem do vazio permaneceu.
Teodorina, a mais nova, sumira no tempo.
Tais pensamentos lhe trazem amargura.
Dulcineia tenta espantá-los. Em vão.
Sabe que precisa se alegrar.
Casa hoje com Jorenilo.
Véu branco emoldura semblante assustado de menina.
No sorriso da foto há o olhar meigo da irmã perdida.
Lembranças.
Arre!
Deixa disso, mulher!
Levante. Vá fazer café.
Rodopiou na cama.
Sentou-se.
Calçou o chinelo.
Parou de falar sozinha.
Ina, a doce Teodorina, virou saudade.
Jorenilo caiu no mundo, aquele peste.
Tinha filhos para criar.
Alexandre Sansone
16/07/2022.