Na oficina da vida, Existem mil e uma almas por arranjar, Almas que não sabem amar, Almas que vivem à sombra da partida
Na oficina da vida, Vê-se corações desfeitos Pelos actos imperfeitos dos homens, Que nunca souberam dizer os améns
Na oficina da vida, O amor foi eleito mecânico E o perdão, o fantástico técnico, Que trata da vida ferida
Homens detestam oficina da vida, Preferem ter no coração, o diabo à solta Que lhes entorta a vista, Pra não verem, quão sofre a vida ferida
Tantas vidas foram feridas Tantas dores foram sofridas Tantas lágrimas foram derramadas, Porém, homens não depõem suas partidas
Até quando, homens rejeitarão a bendita oficina? Até quando, ficarão essas feridas por sarar? Não se sabe, a bondade de Deus não lhes ensina A amar, até quando…
Homens têm coração de pedra, Não sentem a maciez das mãos do amor Nem a molha da lágrima derramada pela dor, Nem o choro do coração que sangra
Até quando, até quando minha gente?! O amor, ainda anda por aí, Porém, ouve-se o teimoso ai N’alma da gente, que o perdão não cura