Faz-te tenro, o leite.
Como flores a crescerem.
Brincas com a luz da idade.
Desenhas a roda do mundo com imaginação.
Caminhas entre os sonhos.
Num sono que devolve,
a manhã às árvores.
Nas copas abres lugares.
Onde nasce o verão.
Nele revoam borboletas.
Dás-lhe nomes de montes e de luares.
São barcos da infância.
As folhas que navegam.
Entre pedras e ramos verdes.
Aproximas-te do chão.
Juntas-te à terra e à água.
Saltas largos caminhos.
Num dom de estilo.
Repetes, repetes…
para voares com os pássaros.
Iluminas quartos escuros.
Inventas irmãos e brincas com berlindes aos pares.