Poemas : 

POESIA PELA POESIA

 
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POESIA...
POESIA, da paz de um sorriso,
Da paz que eu preciso...
Que mata(de amor) o meu tempo
E me faz querer que nunca passem
Seus lindos momentos!
POESIA, que mais do que nunca
Esse vasto mundo que se devasta mais precisa!
POESIA, verbo, carne, paixão, consagração,
Anonimato e reconhecimento!
POESIA, amor, dor, inspiração, transpiração, suspiro,
Alegria, 'elegia', lamento!
POESIA, da tradição oral, da pedra rúnica, lascada, filosofal e hoje 'virtual'!
POESIA, livre em seus versos ou presa a algumas regras,
Agarrada a um sentimento e confinada há tempos em uma gaveta
Até ganhar sua 'justiça e liberdade' poética,
Pra ser lida agora, ou para 'posteridade'!
POESIA, épica, da história da minha vida, de origem desconhecida
Ou divinamente inspirada... 'desconhecida' até ser publicada!
POESIA, que penso que escrevo... que me faz pensar, logo, existir...
Que escrevo porque o instante existe,
Sendo alegre ou triste... e do que penso e sonho, logo sai poesia!
POESIA, fatal femme, belle de jour, daquelas tardes... do 'Sacre Couer',
Estudante normal sozinha num ponto qualquer
Com o seu uniforme cheio de honras, glórias e de 'gala'!
POESIA, das flores, dos espinhos, dos odores magníficos...
E da natureza viva nas que estampam esses vestidos esvoaçantes!
Do ah, do ai, do ó, do borogodó e 'e' do parangolé!
POESIA, da batatinha quando nasce, do sol que se põe...
Das violetas azuis, Rosa de Hiroshima, de quem 'pira nessa batatinha', tem 'badtrip'
Com a maionese e bebeu água de Pirene!
De Zanza Moreira Moreira, outros anjos e unicórnios prometidos...!
POESIA, dos oligarcas, castelos, patriarcas, donzelas, beijos de vassalos, andarilhos e desocupados com suas flautas
E seu ócio criativo!
Das declarações ou cartas bobas e engenhosas de amor disfarçadas de poemas!
Do fundo do coração, da parte abissal de um mar de rosas junto com certos desejos...
Do canto das sereias ou das conchas perdidas pela areia, por de baixo dos caracóis de Adélia, sua glândula de 'xedô', também 'irresponsável'
Responsável por aquele borogodó!
POESIA, da própria, de uma fonte de saber, de um mote, rapsódia, dum ninho de mafagafos, da sabedoria popular, escola da vida,
E da inocência da criança que nem sabe escrever!
Das simples paqueras, às musas, amadas imortais, paixões avassaladoras ou apenas 'moinhos' movidos por uma grande ilusão!
POESIA, dos lírios do campo, seus verdes pastos e luar de sertão... da serra, do mar, da 'Serra do Mar' no caminho pra lá!
POESIA, do ser, não ser, razão de ser e a questão!
POESIA, do verso, da prosa, do inverso, anverso, 'subverso', do que é, do que já foi, do que pode ser ou não ser, se queria que fosse...!
Do que se fala, se recita, declama, exclama, clama, reclama, incita, excita, inspira, regurgita, grita,
Guarda, sonha... do que se censura, milita, registra e publica!

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Autor
DANGUSTAVO
 
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