Persegues -me pelas ruas da cidade, ávido pelo que em mim germina.
Perguntas à aurora. Perguntas à flor que brotou em teu peito quando de amor ressuscitavas em meu leito.
Desconheces os meus caminhos de ora e te frustras na multidão.
Vês semblantes perdidos em busca da salvação.
Entendes os seus gritos e choras por compaixão.
Sempre foste o germinar da esperança no meu olhar, meu menino inquieto. Eras quem clamava pela minha alma quando nossos corpos se uniam em chama.
Resgatavas fragmentos meus com teus lábios sussurrantes e desvelavas os segredos que eu não podia revelar.
Despiste-me no silêncio de um olhar.
Atiçaste o meu coração mão na mão.
Agora procuras o caminho que é meu, fruto do destino, feito devagarinho, entre luz e breu.
Suado gritas por quem desejas na tua cama com cheiro a sonho e a anseio.
Bebes do néctar do colo numa espera atribulada.
Mas quando no espaço infinito a minha alma te visita vertes mel do teu peito com cheiro a desejo e a fruto maduro.